A Redescoberta Da Quest O Educacional Na Modernidade
“Escola não pode ser sinônimo de aula, aula não pode ser sinônimo de conteúdo, conteúdo não pode ser o fim da educação e educação não pode ser sinônimo de obediência. A educação e a autonomia que quero na escola que eu sonho, deve ser canteiro de memória, liberdade e compromisso e não deve ser celeiro que acumula estoca e esteriliza” (Ernesto Jacob Keim)
Recolocar a questão da modernidade na área educacional significa, em grande parte, trazer a questão educacional para o centro das preocupações. A redescoberta e revalorização da questão educacional ao meu ver é hoje um tema amplo, e uma das tarefas mais centrais das ciências sociais contemporâneas. No passado não muito distante, temas como o da escola pública versus escola particular, a educação religiosa, ou direito á educação em língua materna mobilizavam sociedades inteiras, enchiam os jornais e decidiam os resultados de eleições. A educação pública, universal e gratuita, foi uma das grandes bandeiras do pensamento republicano a partir da Revolução Francesa, e a defesa do ensino privado e de base familiar, sustentada pelas autoridades e pensadores, marcou e marca até hoje os debates do tema.
No entanto, neste trabalho procurei discutir primeiramente os conceitos de modernidade e também pós-modernidade, rejeitando a idéia de que a “agenda” da modernidade, ligada a idéia de progresso, educação e desenvolvimento se esgotou.
Sabemos que o Brasil ainda tem um “projeto” de modernização a cumprir que encontra na educação básica seu aspecto central. Acredito que esse “projeto” se é que posso designá-lo dessa forma, depende de um novo entendimento de como a questão educacional deve ser equacionada, a partir de uma revisão de temas como o papel do setor público, da relação entre escola e comunidade, os procedimentos pedagógicos das questões de conteúdo e sua didática.
A palavra de ordem que ecoa no Brasil, oriunda principalmente dos círculos literários, e invadem