A questão do ambulante

2756 palavras 12 páginas
A QUESTÃO DO AMBULANTE
A teoria dos dois circuitos econômicos como ferramenta útil e necessária para a compreensão dos espaços subdesenvolvidos.

Introdução
Este trabalho realiza uma descrição e uma reflexão sobre a problemática dos ambulantes que compõem o mercado informal, utilizando, para tanto, a teoria dos dois circuitos urbanos de Milton Santos. Busca-se, também, entender a espacialização destes fenômenos em um local no centro da Cidade Alta de Salvador (Avenida Joana Angélica e no trecho da Avenida Sete, do Campo Grande até a Praça Castro Alves, também no entorno destas avenidas e nas imediações da Estação da Lapa).

Os ambulantes na perspectiva dos dois circuitos da economia urbana
Os ambulantes, longe de serem os únicos culpados pelo caos do comércio urbano, como afirmam alguns estudiosos e parte da mídia são, em verdade, o sintoma da precariedade do trabalho que se agravou ao longo das últimas décadas devido à existência no país, de uma economia de dominantes e dominados. Assim, é comum apontar o setor informal como culpado pelos problemas comerciais e trabalhistas que afetam o meio urbano, no entanto, o que se percebe é a falta de aprofundamento no assunto, o que privilegia os interesses dos maiores comerciantes. Por esse e outros problemas é que se faz necessário mudar o debate sobre o que é chamado de mercado informal, pois seus equívocos envolvem até o próprio conceito que não alimenta um debate questionador da realidade da economia urbana.
A questão do ambulante não pode ser discutida em relação ao seu posicionamento diante do comércio formal, ou seja, são acusados de serem os responsáveis pelas perdas econômicas do comércio legalizado ou que seriam fator de desordem no espaço urbano. Essa idéia tem o mercado informal como desregulador do correto funcionamento econômico da cidade. Dentre as conseqüências estariam à diminuição dos postos de trabalho; a redução dos impostos arrecadados pelo Estado; os maiores comerciantes não resistiriam e a

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