A questão agrária no México

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A questão social e agrária no México transformou-se em um problema que, ao longo dos anos, arrastou-se em meio a tentativas de transformação e a resposta dos grupos conservadores. Desde as lutas de independência, nenhuma ação política expressiva foi tomada no sentido de melhorar a condição de vida da população. Entre 1910 e 1917, a Revolução Mexicana foi o primeiro grande movimento que lutou em prol das camadas populares e o estabelecimento de uma reforma agrária.

No entanto, os líderes revolucionários Emiliano Zapata e Francisco “Pancho” Villa tiveram seu movimento interrompido com uma violenta reação que culminou com o assassinato de Zapata, em 1919. Um segundo esboço de transformação foi vivido no governo de Lázaro Cárdenas (1934 – 1940), que tentou aprofundar as reformas agrárias, e nacionalizar o setor industrial e energético do México. Mais uma vez, a articulação política conservadora impediu o prosseguimento de tais mudanças.

Os protestos e manifestações populares perderam sua ação mobilizadora frente à dominação massiva das elites junto às instituições governamentais. Na década de 80, no governo de Carlos Salinas, houve uma alteração constitucional que permitia a venda dos ejidos, um tipo de unidade agrícola controlada por pequenos proprietários. Dessa maneira, a exclusão social no campo e nas cidades ganhava contornos cada vez mais injustos.

Foi quando, em 1994, um grupo de camponeses organizou um movimento inspirado na antiga luta empreendida pelo líder revolucionário Emiliano Zapata. O chamado Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN) formou-se inicialmente da mobilização de camponeses indígenas. Seu grande intuito era colocar em pauta a urgência por transformações que atingissem diretamente as populações empobrecidas do México e promovessem a reforma agrária no país.

Liderados pela incógnita figura do Subcomandante Marcos, o movimento ocupou seis cidades da região sul do México. Os revolucionários declararam guerra ao governo e

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