A QUEST O DO M TODO NA TEORIA SOCIAL CR TICA MARXIANA

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A QUESTÃO DO “MÉTODO” NA TEORIA SOCIAL CRÍTICA MARXIANA
Sandra Rodrigues dos Santos*1

RESUMO
Desde finais do século XIX não foram poucos os que se dedicaram a apreender o veio condutor da nova forma de cientificidade instaurada pelo pensamento de Karl Marx.
Destarte, a obra marxiana e, por conseguinte, a fundamentação ontológica dos estudos e análises nela presentes, só pode ser devidamente entendida se considerarmos a processualidade que tornou possível, a formação e o amadurecimento da investigação crítica e conscienciosa realizada por este pensador acerca das questões histórico-econômicas e extraeconômicas. Ao evidenciar que a anatomia da sociedade civil só poderia ser encontrada na economia política, Marx se dedicou arduamente aos estudos econômicos, unindo a estes, todos os momentos da vida do ser social em sua historicidade. Ao criticar o método de estudo e análise da filosofia especulativa e da economia política, este filósofo demonstrou o porquê foram concebidas algumas lacunas e falhas no seio destas. Porém, não se tratou apenas de uma demonstração crítica e conscienciosa, ele instaurou ao mesmo tempo, uma nova forma de cientificidade que evidenciou a subsunção do pensamento à lógica específica do objeto de estudo, no contínuo processo de apropriação da historicidade do ser social. As construções abstratas realizadas pelo seu pensamento o permitiram conceber as categorias econômicas enquanto momentos da totalidade do ser social. Expor acerca dos fundamentos da teoria social crítica marxiana e, por conseguinte, acerca do método de estudo e análise específicos de Marx se constituem como objetivos precípuos do presente artigo.
Palavras-chave: método marxiano; teoria social crítica; crítica da economia política e imanência. *Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Membro do Grupo de Estudos de Crítica da Economia Política (GECEP), da UFVJM e do Grupo Futuro
Presente, da UFVJM e da UFSC. E-mail:

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