A perspectiva sociológica – cap 6 "a sociedade como drama"
O capitulo apresenta uma discussão sobre a liberdade, embora “possa ser por nós experimentada como uma certeza, juntamente com outras certezas empíricas, não é passível de demonstração por quaisquer métodos científicos” ,e não pode ser demonstrada pela razão, segundo Kant. A discussão afirma que a liberdade e a causalidade não são opostos lógicos, apenas não possuem referência comum, não podendo se estabelecer a realidade de uma através da demonstração da realidade da outra. O texto destaca o problema das ciências sociais em tentar analisar um fato social buscando-se as causas originadoras, e sendo impossível assim perceber ou se chegar à liberdade usando os métodos tradicionais de análise científica. O autor afirma que não pretende ater-se ao cientificismo que exclui a liberdade da discussão, e prefere seguir outro rumo, propondo, dentro do modelo de existência humana segundo a ótica da perspectiva sociológica, que os controles sociais não são tão infalíveis , e em segundo lugar, ele muda o próprio ponto de referência, do método científico estrito àquele mais geral que admite a realidade como pano de fundo para os fatos sociais.
O autor argumenta que visto que a nossa própria cooperação é necessária para levar-nos às prisões sociais, na maioria dos casos, as pressões internas ou externas da sociedade são co-definidas por nós mesmos. Durkheim, ressalta as características extrínsecas e materiais da realidade social, em comparação à Weber, que leva em consideração questões de caráter subjetivo, o que é particularmente importante nesse caso, onde mesmo os atores agindo de uma maneira determinada, o resultado pode sair bastante diferente do esperado.
Segundo essa concepção, por exemplo, um indivíduo de comportamento dissonante poderá viver à margem da sociedade, mas continuará vivendo, o que demonstra falhas no processo coercitivo já visto. Além disso, podem ocorrer casos onde o conjunto de opiniões discordantes passa a