A passagem de physis para nomus

A repercussão de Palestina nas mídias de língua inglesa foi principalmente positiva em jornais dos Estados Unidos da América e do Reino Unido, sendo as publicações mais críticas provenientes dos jornais de Israel. Os seguintes jornais foram utilizados nessa análise: Hareetz Newspaper e Jerusalem Post, de Israel; Los Angeles Times, dos Estados Unidos da América; The Guardian e The Observer, do Reino Unido; Sunday Morning Herald, da Austrália; Electronic Intifada, um jornal on-line e independente sobre a Palestina; The Mantle, um fórum de discussões; e o . A primeira publicação analisada foi a reportagem When only the critics are heard, de Seth J. Frantzman (2010) para o jornal israelense Jerusalem Post. O autor discorre, primeiramente, acerca do teor das obras que são publicadas a respeito da história de Israel, afirmando que o problema não é o fato de a “Terra Sagrada” receber muita atenção, mas sim que a narrativa histórica dos eventos que se seguiram à criação do Estado israelense está sendo transmitida ao mundo falante da língua inglesa quase que inteiramente por aqueles que não simpatizam com Israel. Esta opinião vai de encontro ao relato de Sacco (2011, xvi) quanto a seu próprio conhecimento da situação conflituosa entre Palestina e Israel, no qual afirma: “mesmo acompanhado os jornais e noticiários na tevê, eu não fazia ideia de quem eram os palestinos ou o que almejavam com sua luta (…) eu basicamente associava os palestinos ao terrorismo”, sendo o principal motivo que o motivou a fazer uma reportagem sobre a situação na Palestina ocupada foi a fraca cobertura dada à questão pelos jornalistas norte-americanos (SACCO, 2011, xvi). Em seguida, Frantzman (2010) critica os não-simpatizantes de Israel mais abertamente, ao afirmar que, na verdade, a história está quase toda nas mãos daqueles que odeiam Israel, e que os palestinos conquistaram o mundo acadêmico e o mundo intelectual com estórias de seu sofrimento, narrativas e história. Por fim, o autor cita