A mídia radiofônica como um dos elementos de sustentação no governo de getúlio varnos de 1930 a 1945

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem como objetivo analisar de que forma o primeiro governo de Getúlio Vargas, após o golpe de 1930, utilizou o rádio para passar uma imagem populista, que desembocou no período do Estado Novo – 1937/1945. A escolha deste tema justifica-se pela necessidade de aprofundar os conhecimentos teóricos na cultura de massa e indústria cultural, relativos à área de Comunicação Social. Como um governo que implantou uma ditadura durante oito anos, ainda nos primórdios da vida republicana, atraiu em torno da pessoa de Getúlio Vargas tanta popularidade. Além disso, o que representou para a cultura brasileira esse poder carismático de sua figura e os mecanismos ideológicos para disseminar essa imagem, com o uso incessante do rádio, que era um veículo importante em condições de espalhá-la por todo o país. A metodologia que serviu de base para argumentar sobre o tema foi a análise bibliográfica de autores, como o brasilianista Thomas Skidmore, os historiadores Carlos Guilherme Mota, Boris Fausto e Ítalo Tronca, que escreveram sobre a Revolução de 1930 e todo o período dos dois governos de Getúlio Vargas. Foram feitas leituras de obras sobre a indústria cultural e cultura de massa, como de Teixeira Coelho e Marshall Mcluhan, este um teórico especializado na comunicação de massa. Para fortalecer o embasamento sobre o veículo mais importante, que foi o rádio, destacam-se os livros de Gisela Swetlana Ortriawano; Sônia Virgínia Moreira (dois livros); Luis Carlos Saroldi: Reynaldo C. Tavares, que aprofundaram na tese do uso do rádio como um meio de poder e fenômeno de comunicação de massa e Silvana Goulart, que fez uma extensa análise sobre a propaganda política e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), durante o Estado Novo. Além da análise bibliográfica, vários sites na Internet sobre os programas de rádio foram pesquisados no período de 1930 à 1945 e os cantores e cantoras de maior popularidade. Destaca-se o estudo de Valci Regina