A moreninha

A Moreninha, obra de Joaquim Manuel de Macedo, é uma típica história romântica seguindo exatamente as características do gênero. A mulher idealizada e o sentimentalismo estão fortemente presentes em toda a narrativa. O livro foi um dos mais importantes romances românticos realmente brasileiros e explicita, principalmente, as dificuldades encontradas em um namoro impossível, a comicidade, a presença da vida estudantil, uma linguagem mais coloquial e as incertezas da vida. O romance conta ainda com a presença de personagens com perfis distintos mas que ao mesmo tempo compartilham do mesmo sentimento por mais que de diferentes maneiras, o amor. Dentre os principais encontra-se Augusto, um jovem estudante do quinto período de medicina e quem desacreditava completamente na constância desse sentimento. Aos poucos, descobre-se que este passou por tristes experiências amorosas e que Augusto já se apaixonou perdidamente durante sua infância que e que prometeu a uma jovem menina, a qual ele nem sabia o nome, amor eterno e, por isso, criou uma defesa contra o amor. Augusto afirma que não ama uma mulher por mais de três dias e que, mesmo assim, a ama pela sua beleza e não pelo que ela realmente é. O estudante é apaixonado pela beleza feminina e tem convicções claras de que não existe mulheres feias, gordas, bonitas, velhas ou magras, Augusto ama a idealização da mulher perfeita, por isso, ama todas elas, é um perfeito romântico e apaixonado pelo amor. O jovem se mostra, sob a visão dos amigos, volúvel, esperto, incorrigível, teimoso, “não diz o que sente e não sente o que diz”. O par romântico de Augusto e consequentemente a outra personagem principal é D. Carolina ou, simplesmente, Moreninha. A menina de apenas 14 anos que encanta a todos com seu jeito simples em toda a narrativa do livro possui características extremamente marcantes: é travessa como uma criança, inconsequênte, arteira, cheia de viva, curiosa, impertinente, irônica, “às vezes engraçada” e mais se