A luta pela cidadania no complexo sucroalcooleiro
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Pelo histórico do poder privado das oligarquias de nossa sociedade, houve ausências de denúncias que mostrassem as garantias e direitos aos cidadãos trabalhadores como gerenciamento de um processo democrático. Há sempre a obscuridade de agentes poderosos que dificultam tal ação. Ou também por omissão por parte da sociedade civil organizada em denunciar a situação de miserabilidade de grande parte da sociedade alagoana. Durante o processo de modernização do setor sucroalcooleiro alagoano tornou-se intrinsecamente um expropriador de cidadania. Visto que, para os trabalhadores deste setor, seus direitos trabalhistas sempre foram negados ou parcialmente apropriados. Faz parte do cotidiano desses homens e mulheres, o desrespeito com a ausência dos direitos mínimos de convivência em sociedade. Dessa forma, surge o analfabetismo, a doença pelo esforço físico, a superexploração e a presença do poder da elite agrária de forma inquestionável. A dinâmica produtiva, configurada no setor sucroalcooleiro que se encontra no litoral sul alagoano é expropriadora e detentora do poder político e econômico. Falta ainda, demonstrar como parte significativa dos trabalhadores deste setor produtivo é problemática, na medida em que não sofreu alterações significativas com o aumento das riquezas produzidas. Ou seja, o setor sucroalcooleiro se expandiu gradativamente, se tornando o quarto maior no ranking de produção do país, perdendo para Paraná terceiro, Minas Gerais segundo e
São Paulo primeiro, e segundo levantamento realizado pelo Sindaçúcar-AL na safra
09/10, na região Nordeste, Alagoas se mantém na primeira posição com 24,2 milhões de toneladas de cana esmagadas. A indústria se modernizou, mas os trabalhadores continuam em crescente processo de exploração e dominação, sendo inclusive gradativamente substituídos pelas máquinas, ou sendo sumariamente aniquilados por doenças causadas pelo excesso de trabalho e, paralelamente, diminuição das