A liberdade em Frei Luis de Sousa
Comecem por abrir o vosso manual na página 108. Nesta primeira frase da didascália, podemos observar que a ação se vai desenrolar numa Câmara antiga, que estava decorada com todo o luxo do século dezassete. Embora fosse luxuosa, esta câmara dá-nos a entender que as personagens estão condicionadas a este espaço, sendo a sua liberdade nula.
Agora, abram o manual na página 113. Neste excerto D. Madalena diz a Telmo que este tem atormentado o seu coração e que lhe tem criado medos. Isto tudo porque Telmo nunca aceitou o casamento de D. Madalena com Manuel e para si, independentemente de D. João estar morto, este continuará a ser sempre o seu amo. Esta opinião de Telmo faz com que D. Madalena se sinta triste e sem vontade de desfrutar da sua felicidade, o que nos leva a crer que a sua liberdade está posta em causa.
Na página 120, D. Madalena afirma que mudar para o palácio que é seu, onde esta viveu com D. João, a deixa sem ânimo. Ela sente isto pois neste palácio, após a morte do seu marido, ela viveu sete anos de agonia, procurando por ele, e teme que voltando para o palácio a sua agonia retorne e a felicidade que ela julgara ser eterna seja posta em causa.
Seguindo agora para o segundo ato, na página 125, a descrição do palácio de D. João é triste e deprimente. As personagens parecem cercadas, sem nenhum modo de escapatória, sendo a sua liberdade oprimida.
Indo agora para a página 130, neste excerto podemos observar que D. Manuel vê o palácio como um convento para frades. Normalmente estes conventos