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A justiça na República platônica.

No livro I da República, Platão tenta em vão definir justiça, uma palavra de uso corrente deste os primórdios da humanidade e de conceituação elástica ao longo da história das civilizações.

Definições foram propostas por diversos pensadores na antiguidade, como Céfalo, para quem a “justiça é a verdade e restituir o que se tomou”.

Além de Polemarco, que afirma que “justiça é dar a cada um o lhe deve”; Trasímaco, que diz que “justiça é o que está no interesse do mais forte”.

O personagem Sócrates refuta todas estas definições, expressando a opinião de Platão.

Transfere-se então, no livro II, a análise do individuo para a cidade, buscando analisar os fatos em grande escala e, assim, atingir a verdadeira natureza da justiça.

Ao invés de buscar a definição de justiça para o sujeito, o que se procura é conceituar uma cidade justa.

Gradualmente, no livro III a definição de justiça é alcançada: “na cidade ideal cada um deve exercer uma só função na sociedade, aquela para qual, por natureza, foi mais dotado”, tal cidade poderia então ser chamada de justa.

Estratificação social e educação.

Platão parte do princípio de que as pessoas são diferentes e, portanto, deverão ocupar lugares e funções diversas na sociedade.

Algo que hoje chamaríamos de estratificação social, um termo que não existia na antiguidade, mas que estava presente implicitamente no pensamento platônico.

O Estado, segundo Platão, deveria criar creches para a educação coletiva das crianças, cuidando de normas de eugenia para que não houvesse casamentos entre desiguais, criando melhores condições de reprodução.

Um princípio em concordância com a cultura grega do período, que considerava todo estrangeiro como bárbaro, denotando um extremo preconceito e imensa xenofobia.

Tradição assimilada pela cultura romana e, posteriormente, europeia como um todo, conduzindo ao eurocentrismo ainda vigente e, no seu extremo, ao nazismo na Alemanha de Hitler.

Platão imagina que na

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