A infância e sua singularidade - resenha

Keisa Barbosa da Conceição Loyola

A INFÂNCIA E SUA SINGULARIDADE

O conceito de infância é entendido como o período da história de cada um, que vai de seu nascimento aos dez anos de idade, porém esse conceito se modifica, pois é determinado pelo tempo e sociedade no qual se encontra. Ao longo dos séculos, cresceu a preocupação sobre a educação recebida pelas crianças, e atualmente encontramo-nos buscando resoluções para os problemas que se levantam acerca deste tema: a relação adulto – criança, e a singularidade da infância, seu jeito de ser, agir e como compreendem o mundo ao seu redor. Com a universalização da ideia de infância na modernidade, que se baseia nas classes médias, é possível observar como as especificidades de cada região não estão sendo levadas em conta; como por exemplo, o Brasil que ocupa uma grande extensão territorial, com climas, relevos, situações financeiras e populações diferenciadas. A história da construção de nosso país relata as marcas deixadas na relação social entre crianças e adultos, e hoje estamos colhendo ainda, frutos do descaso com a infância, que tem gerado violência física e psicológica, o trabalho infantil e o abandono por parte dos adultos que não se responsabilizam de seu papel como educador de valores, princípios e costumes, da cultura em geral, as crianças estão sendo negligenciadas pela família e acabam ficando perdidas, pois seus direitos não são garantidos e elas estão tendo que enfrentar sozinhas problemas que não lhes são compreensivos, pois sua pouca vivência não lhes permite entende-los. Como uma bela canção de Paulo Tatit mesma fala Criança não trabalha, criança dá trabalho, a criança deve ter assegurado seu direito de brincar, imaginar, fantasiar, criar e ter todas as experiências necessárias para que então possa através das brincadeiras revelarem-se para o mundo, e ter o mundo para si revelado de forma mais serena e nítida, mostrando assim seu mundo através das