A influencia dos filosofos na administracao do seculo xxi
No campo da administração, pelos interesses materiais envolvidos, a discussão sobre produção e disseminação do conhecimento produzido de forma científica e crítica fica apagada em relação à discussão do conhecimento desenvolvido para auxiliar administradores na gestão de organizações. A teoria não só reflete a prática organizacional, mas também ajuda a constituir essa prática. (MARSDEN e TOWNLEY, 1996)
Porém, enquanto a administração como prática é uma atividade milenar, seu estudo sistemático e científico é recente, pois “assume-se que tal atividade tem certas características intrínsecas que só foram possíveis de serem estudadas e codificadas nos últimos dois séculos”. (TSOUKAS e CUMMINGS, 1997, p. 661)
Historicamente, os pioneiros no desenvolvimento de uma teoria administrativa defendiam a concepção de administração como um conhecimento científico. “Uma ciência administrativa era considerada possível porque, atrás da variedade aparente das organizações, havia uma ordem que podia ser capturada pelos cientistas sociais através de seus métodos de investigação.” (TSOUKAS e CUMMINGS, 1997, p. 664)
O saber administrativo se diferencia de outros saberes, uma vez que as organizações são constituídas para alcançar fins específicos e suas ações são norteadas por uma racionalidade voltada a fins. Um saber desenvolvido para esse cenário tem, intrinsecamente, uma proposta a priori, diferentemente de um saber desenvolvido numa área de ciência pura, por exemplo. Noções fundamentais da administração como, por exemplo, lucro, eficiência, conduta humana, realização etc, estão imbuídas de valor e não podem ser consideradas como proposições científicas, no sentido clássico atribuído ao processo de formulação do saber científico.
No caso do desenvolvimento do saber administrativo, o objetivo é sempre definido. Quase todas as pesquisas visam a entender melhor a realidade organizacional para