A importância do uso racional de medicamentos

A importância dos estudos que analisam os tratamentos medicamentosos deve-se ao fato de ser a alternativa que permite reduzir os custos públicos com a saúde sem perder a qualidade nos procedimentos médicos além de constatar possíveis abusos no uso dos medicamentos e suas reações adversas.
Várias fatores levam a auto medicação. A sociedade tem uma excessiva crença em relação ao poder dos medicamentos e isto se deve ao fato de doenças até então fatais, passarem a ter cura através dos avanços nas pesquisas ao longo do tempo. Outro motivo é a questão financeira. Muitos preferem se auto medicar por indicação de terceiros (leigos no assunto) do que ter que gastar com consultas que por vezes torna-se caro ao bolso de quem necessita do atendimento. Além disso, a forte presença de propagandas contribuem para a auto-medicação. Por meio de muitas campanhas publicitárias o público leigo tende a acreditar nos efeitos prometidos e desconsideram os seus riscos. Muitas vezes elas não deixam claras as formas de uso e muito menos os riscos do uso incorreto e exagerado dos mesmos. Frente a essa situação, surgiram os Centros de Informação dos Medicamentos (CIMs) que tem como objetivo central informar e esclarecer dúvidas em relação aos medicamentos a todos os profissionais da saúde e público em geral garantindo a sua utilização apropriada. Em conjunto ao CIMs entra a Comissão de Farmácia Terapêutica (CFT) que constitui um importante fórum de discussão e divulgação de informações para os profissionais da saúde. É um órgão consultivo que define protocolos de utilização dos medicamentos além de monitorar o seu cumprimento.
Os efeitos benéficos dos fármacos assim como suas reações adversas são conhecidos durante a pesquisa e sua comercialização. Existe portanto a necessidade de definir, quantificar e estudar esses efeitos. Um caso grave ocorreu na década de 30 com o emprego da talidomida usada durante a gravidez e que provocou má formação do feto levando a 498 mortes. A