A IMPORTÂNCIA DA COLETA SELETIVA NA GESTÃO DE RSU

Eduardo Apolônio de Assis [e-mail] Geógrafo
Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos

A IMPORTANCIA DA COLETA SELETIVA NA GESTÃO DE RSU

No contexto da coleta de Resíduos Sólidos a grande maioria das cidades e dos municípios brasileiros possui uma coleta regular de lixo doméstico, mas não necessariamente uma correta disposição final de seus resíduos (Heitzmann
Jr.,1999). No Nordeste brasileiro o número é alarmante, mais de 90% dos RSU tem destinação inadequada, ou seja, em lixões (Heitzmann Jr.,1999). Dentre os dois tipos de resíduos existentes, recicláveis e não recicláveis, a parte que pode ser reciclada representa em torno de 32%, segundo Abrelpe (2011).
Segundo a Lei 12.305/2010, coleta seletiva é a “coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição”. A sua prática tem grande importância no momento em que contribui para o destino correto de resíduos diminuindo a destinação inadequada dos mesmos que gera poluição e até problemas de saúde pública.

O que se vê na realidade do Brasil, é que o país poderia ter números muito mais interessantes, se houvesse uma priorização por parte das Prefeituras em coletar seletivamente os resíduos recicláveis. Segundo Pesquisa feita pelo CEMPRE (2010) no ano de 1994 “81 municípios brasileiros operavam programas de coleta seletiva”, em 2010 “443 municípios realizaram esse tipo de iniciativa” cerca de 8% do Total de
Municípios no Brasil, o que equivale a 22 milhões de brasileiros que tem acesso à programas municipais de coleta seletiva. Porém nessa mesma pesquisa relata que na maioria dessas cidades citadas anteriormente a coleta não cobre mais do que
10% da população local, o que é lamentável.

Quando se fala em termos econômicos “o Brasil perde anualmente 8 bilhões ao enterrar o lixo que poderia ser reciclado” (CEMPRE, 2013). Espera-se com a implementação da Lei nº 12.305/2010, que aja um despertamento dos Municípios quanto à questão da