A Idade do Ouro análise
Curso de Cinema e Audiovisual
Aluno: Darlyton Thales Brito Santos
Docente: Fernando Trevas
A Idade do Ouro – Luis Buñuel
Dirigido por Luis Buñuel e feito em parceira de Salvador Dalí no roteiro em 1930, A Idade do Ouro é o segundo filme de Buñuel, após Um Cão Andaluz e de nacionalidade francesa. Logo no inicio já nota-se a ruptura do comum na obra. O Diretor dá uma impressão de que se trataria de um documentário animal sobre o escorpião , porém, um telespectador informado logo vê que trata-se da introdução á estrutura do filme. No filme há um casal que estão loucamente apaixonados, porém não conseguem ficar juntos pois sempre são interrompidos pela sociedade, pela religião ou pela família. Porém não trata-se apenas de um filme qualquer de romance, A idade do Ouro conta com características surrealista de não-linearidade, o humor negro, o bizarro, a provocação ao clero e à burguesia que constrange o espectador de qualquer sociedade, seja na de 1930 até a sociedade contemporânea. As atrocidades cometidas aos costumes da sociedade é marcante na obra, não é por menos que este filme foi proibido em diversos países. Buñuel enfrenta o moralismo social e suas instituições brincando sem piedade com a imagem de elementos da Igreja Católica como o bispo e o ponto Cruz e, ousadamente, ridiculariza a imagem de Jesus. Além de afrontar a religião, ele também satiriza a sociedade burguesa da época e constrói um protagonista anti-herói que faz desordens pelas ruas da cidade, participa de situações constrangedoras e pratica ações moralmente condenáveis para o telespectador. A poética de Buñuel escapa do mimetismo e da representação fiel de um estado de coisas e opera imagens desejantes, polissêmicas, provocadoras. É como se o próprio olhar do cineasta desdobrasse o mundo em sua dimensão caótica.