A Globalização e Seus Malefícios

STIGLITZ, J. E. A Globalização e Seus Malefícios. 1. ed. Cap. 6, Injusto (e) justo comércio e outros danos.São Paulo: Futura, 2002.

Neste capítulo o autor discute o fato de decisões políticas e econômicas tornarem o justo comércio às vezes em comércio injusto trazendo até danos. Para tanto, o autor inicia o capítulo citando o exemplo do governo norte-americano e as estratégias que o mesmo utilizou do tesouro. Surge o questionamento que se teria havido choque demais ou terapia? Os Estados unidos estavam dando maus conselhos a Rússia e utilizando o dinheiro dos contribuintes para induzi-los a aceitar tais conselhos. O Departamento do Tesouro norte-americano reivindicava a política econômica russa como assunto próprio, o Tesouro negligenciou qualquer tentativa de manter um diálogo aberto dentro ou fora do governo, e manteve seu compromisso abstinado em relação á terapia de choque e á rápida privatização.
Decisões políticas e econômicas estavam por trás da postura adotada pelas pessoas no Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. Estas pessoas preocupavam-se com o perigo iminente de a Rússia sofrer uma recaída e voltar para o regime comunista. Logo a real preocupação era o fracasso da terapia de choque. Outro problema era a forma como o FMI e o Departamento de Tesouro americano tratavam a maioria dos ex-comunistas, com desdém e desconfiança.
Já na Rússia, não havia ninguém com quem lidar, a não ser ex-comunistas.O próprio Yeltsin era um ex-comunista.Os comunistas nunca foram realmente desalojados do poder. Quase todos reformistas russos eram ex-comunistas bem relacionados, ao mesmo tempo, parecia que a linha divisória estaria entre aqueles que fossem fortemente ligados á KGB e á Gosplan( Comitê de Planejamento de Estado). Á medida que o tempo foi passando e os problemas com a estratégia da reforma e com o governo de Boris Yeltsin foram ficando mais claros, a reação das pessoas tanto no FMI quanto no departamento do Tesouro americano provou não ser