A FOTOFRAFIA COMO DOCUMENTO 1

A FOTOFRAFIA COMO DOCUMENT0

DISCIPLINA : TEORIAS E ESTÉTICAS DA IMAGEM Em imagens apesar de tudo, livro de Georges Didi-huberman, no texto "Quatro pedaços de película arrancados ao Inferno" há um início convidativo a tentar imaginar o verão de Auschiwitz em Agosto de 1944, ao mesmo tempo em que diz não ser possível imagina, por se tratar de inimaginável o que aconteceu por lá. Milhares de judeus foram executados cruelmente, pois eles eram sufocados nas câmeras de gás e posteriormente cremados. Os responsáveis pelo genocídio eram os membros do "comando especial”, o Sonderkommando , que se tratavam dos próprios judeus , eles eram obrigados a acabar com seu próprio grupo e destruir qualquer vestígio que provasse o ocorrido . Foi desta época de horror que contamos com quatro fotografias que retratam aquela realidade, são imagens tiradas do crematório, da cremação de corpos ao ar livre, de mulheres nuas sendo conduzidas à câmara de gás; todas estas imagens foram feitas pelos detidos do "comando especial”, porque eles queriam que as fotografias fossem vistas e, a partir delas aquele inimaginável tornasse real; tudo isto porque os Nazistas dedicaram-se em não deixar nenhum vestígio, e deixando nada a confiança que ninguém conseguiria acreditar naquela realidade era maior. Diante desta necessidade em noticiar aquela verdade que surgiu as quatro fotografias, assim diz no trecho a seguir:
Foi na dobra destas duas impossibilidades – desaparecimento próximo da testemunha, irrepresentabilidade garantida do testemunho – que surgiu a imagem fotográfica . Um dia, verão de 1944 os membros do Sonderkommando sentiram a imperiosa necessidade, que tão perigosa era para eles , de arrancarem ao seu inferna algumas fotografias susceptíveis de testemunharem a especificidade do horror e da amplitude do massacre .( Didi-Huberman, 2012, p.19 ) O próprio título do livro relaciona-se com o teor e o contexto destas imagens, imagens a cima de tudo, apesar de todas as