A força de trabalho
As organizações vêm sendo pressionadas em direção à modernização na forma de gerir pessoas: se por um lado essas necessitam do maior envolvimento e comprometimento das pessoas, por outro, também as pessoas estão mudando sua expectativa perante o trabalho. Nesse contexto, é analisado o modelo People Capability Maturity Model – P-CMM –, proposto como um instrumento capaz de guiar as organizações de software na modernização
1. Introdução
1.1. Modernização na forma de gerir pessoas: uma necessidade
Vivemos um novo paradigma econômico que estabelece a necessidade da inovação contínua, da geração de produtos e serviços com maior valor agregado, e da preocupação com a satisfação do cliente (BECKER; HUSELID; ULRICH, 2001). Esse cenário, onde a competição ocorre em um mercado sem fronteiras geográficas, vem afetando a organização do trabalho, bem como as relações entre as organizações de software e seus profissionais, e o comportamento do mercado de trabalho.
A adaptação a essa realidade do ambiente de negócio exige das organizações a flexibilização em sua forma de organizar o trabalho, a agilização de seus processos decisórios e a disponibilização de produtos de software com grau de qualidade em padrão global. Desta forma, cada vez mais as organizações de software necessitam do conhecimento e envolvimento de seus profissionais e da articulação desses em equipes, de forma a alcançar e manter sua competitividade. O diferencial dessas organizações não ocorre apenas pela posse de tecnologias de estado-da-arte. Sua verdadeira fonte de vantagem competitiva é aquela obtida através das pessoas – as quais são as portadoras do conhecimento – e que, portanto, devem ser tratadas pelas organizações como ativos importantes (DE GEUS, 1998).
Por outro lado, o direcionamento das pessoas em relação a seu trabalho vem se modificando, estimulado pela volatilidade tecnológica e pelo ambiente profissional competitivo. Além disso, vem