A fome

A fome Segundo Josué de Castro
"Mais grave ainda que a fome aguda e total, devido às suas repercussões sociais e econômicas, é o fenômeno da fome crônica ou parcial, que corrói silenciosamente inúmeras populações do mundo".
"Denunciei a fome como flagelo fabricado pelos homens, contra outros homens".
"O subdesenvolvimento não é, como muitos pensam equivocadamente, insuficiência ou ausência de desenvolvimento. O subdesenvolvimento é um produto ou um subproduto do desenvolvimento, uma derivação inevitável da exploração econômica colonial ou neocolonial, que continua se exercendo sobre diversas regiões do planeta".

Josué de Castro teve uma grande influência na vida nacional e grande projeção internacional nos anos que decorreram entre 1930 e 1973. Ele dedicou-se para chamar a atenção para o problema da fome e da miséria que assolavam e que, infelizmente ainda assolam, o mundo.
Nascido no Recife e graduado em medicina pela Universidade do Brasil em 1929, hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro, logo nos primeiros anos de formado, entendeu que “a fome” estava presente na vida de grande parte da população brasileira.
A fome é a expressão dos males sociológicos. Está ligada com as distorções econômicas (subdesenvolvimento).
A fome é um fenômeno universal. Pesquisas cientificas feitas em todo o mundo mostram que dois terços da humanidade sofre, de maneira endêmica ou epidêmica, de fome.
A fome não é um resultado da superpopulação. Ela já existia antes da explosão demográfica do após-guerra. A fome que dizimava as populações era escondida, estava virando tabu. Um dos fatores que dificultam o planejamento de soluções para o problema da alimentação dos povos é, a falta de conhecimento sobre o problema em conjunto. O principal objetivo dos estudos da fome é analisar o fenômeno de fome coletiva – fome parcial especifica, em sua infinita variedade.
Existem duas maneiras de morrer de fome: Não comer nada e comer de maneira