A eterna normalista: labirintos da formação de professore(as) ruralistas em juazeiro do norte (ce)

A ETERNA NORMALISTA: labirintos da formação de professores(as) ruralistas em Juazeiro do Norte (CE).

Pedro Ferreira Barros[1]

RESUMO

Mais que uma simples tarefa de recordação, o resgate da história de vida cotidiana pessoal, familiar, escolar, profissional, requer que se lance mão da memória como fator dinâmico na interação entre o passado e o presente; significa olhar para as experiências do passado e repensá-las com imagens e idéias de hoje, refazê-las, reconstruí-las. A experiência de vida e formação que Valba expressa nesta narrativa representa a história de tantas outras mulheres, principalmente, de professoras como ela, as quais, por definição própria tendo em vista a emancipação e realização como ser humano ou por imposição das circunstâncias econômicas e sociais são mobilizadas para trabalhar fora de casa. O registro serve para ilustrar o valor da formação escolar oferecida nos cursos normais e o valor da narrativa de historia de vida como meio e lugar da “formação”, no qual o indivíduo “toma forma”, no qual ele elabora e experimenta a história de sua vida.

Palavras chave: Formação de professores. História de vida. Memória.

Valba[2] introduz o relato de sua história de vida explicando para o leitor: “Para se falar sobre uma pessoa, é necessário que sua origem seja lembrada fazendo-se um elo entre o ontem, comparado à terra íngreme, a pique, com o inconcusso que confirma a certeza do hoje”. Isto evidencia a percepção da dimensão social da sua narrativa de trajetória de vida, a qual, mais que uma simples tarefa de recordação, significa olhar para as experiências do passado e repensá-las com imagens e idéias de hoje, refazê-las, reconstruí-las. O resgate da história de vida cotidiana pessoal, familiar, escolar, religiosa, profissional, requer que se lance mão da memória como fator dinâmico na interação entre o passado e o presente. Demonstrando perceber a importância histórica que