A descaracterização do ''eu"

INTRODUÇAO

A “privacidade” já era vista como algo essencial desde a antiguidade e a partir do iluminismo essa ideia se consolida, separando o poder publico do direito a privacidade. Ao longo do tempo o direito evolui para garantir a privacidade de cada um, embora haja uma contradição, pois algumas pessoas fazem questão de exporem suas vidas, principalmente através de ferramentas como as redes sociais, que promovem a interatividade das pessoas. Por isso criou-se o termo “paradoxo da privacidade”, isto é, quando a violação da privacidade se dá pela vontade da própria “vítima”.

O ESPETACULOSO MUNDO DO EU

A população contemporânea revolucionou a “era da informação”, através da criatividade que se é usado os meios de comunicação, principalmente a internet. Da internet originou-se as chamadas mídias sociais, que são sistemas online criados para a interação das pessoas, que compartilham entre si fotos, vídeos, opiniões, informações, etc.

Através dessa mídia social as pessoas abrem mão da sua privacidade para publicarem sobre suas vidas, usando ferramentas que não param de se expandir pelas redes sociais. A necessidade dessa exposição vem da questão do “eu”, ou seja, a necessidade da promoção individual e a importância do que os outros pensam sobre você. Porem nesse mundo virtual o “eu” pode ser algo criado pelo próprio individuo, para se adequar aos padrões de uma pessoa “completa”, sem problemas e feliz, sendo que na realidade a vida de cada um vai muito além do que se é exposto, é muito mais complexa.

O PARADOXO DA PRIVACIDADE

A população é submetida a uma rotina pesada e corrida, sobrando pouco tempo para relações pessoais, criando um distanciamento das pessoas, deixando-as carentes, por isso surge a necessidade de se mostrar, de procurar atenção. Surge então as redes sociais para proporcionar a “aproximação”.

A facilidade que o mundo virtual proporciona faz com que as pessoas deixem de buscar relações na “vida real”, criando uma vida