A CRISE DA IGREJA E AS GRANDES MUDANÇAS POLÍTICAS E SOCIAIS NA EUROPA
E SOCIAIS NA EUROPA
A Igreja Católica durante o período medieval e início da Idade Moderna mostrava-se refratária (muito hostil) as ideias científicas e filosóficas de seu tempo, reagindo com cruel violência contra qualquer concepção que não confirmasse sua interpretação da realidade.
Muitos membros da nobreza europeia, incluindo-se aí membros de casas régias (monarcas e herdeiros destes) cobiçavam as riquezas acumuladas pela Igreja, uma importante fonte de recursos para cofres necessitados de dinheiro para organizar seus reinados.
Internamente, membros da Igreja haviam tentado, sem sucesso, reformas profundas que afetassem as posturas e formas de compreensão do clero. Muitos daqueles acabaram pagando com suas vidas esta ousadia, acusados de heresias contra a Igreja.
Predominava na Igreja um poder identificado às alas mais conservadoras e ao papado (governo dos papas). Poder este corrompido e viciado, ligado a sucessivos escândalos que atingiam à autoridade dos papas, cardeais, bispos e padres.
A Igreja também descobriu o poder de transformar o perdão em recursos financeiros, conferindo o perdão a qualquer tipo de “pecado”, por pior e mais horrendo que este pudesse ter sido, a todos aqueles que pudessem pagar pelo perdão do papa, através de cartas de indulgência emitidas por este em troca de dinheiro.
Além daquela prática, a Igreja vivia de vender “visitas” às relíquias religiosas (“tesouros sagrados”) da “época” de Cristo. Nenhuma destas relíquias tinha qualquer comprovação de veracidade, além daquela conferida pelas autoridades religiosas. Estas visitas pagas permitiam aos homens “encurtarem” seu tempo de permanência no purgatório em vários séculos.
A “ALEMANHA” DE LUTERO
A situação dos reinos germânicos era propícia, mais do que em outras regiões da Europa, para o surgimento de movimentos de contestação ao poder da Igreja Católica.
Como em todas as partes da Europa, a Igreja era representada,