A construção do método cartesiano

A construção do método cartesiano

O pensamento cartesiano, típico do contexto histórico de formação da modernidade, caracteriza-se pela experiência da ruína cultural da época. Marcado pela crise da modernidade, se configura como uma censura a filosofia e a lógica tradicional, bem como ao saber matemático e a busca de uma nova fundamentação do saber. O pensamento cartesiano impõe-se como uma nova filosofia inaugurando o pensamento moderno.
O pensamento de Descartes teve como pano de fundo as grandes transformações no mundo europeu dos séculos XVI-XVII. Nessa época o seu pensamento apresentava-se como uma superação de tais problemas. Ele pretende fundamentar a possibilidade de conhecimento científico encontrando uma verdade inquestionável e refutando o ceticismo. Adotando uma posição racionalista, Descartes confiou na capacidade da razão como possibilidade de conhecer e descarta a possibilidade de qualquer conhecimento seguro a partir do sensível, assim o racionalismo encontrou em Descartes uma de suas grandes expressões.
Descartes preocupou-se desde muito cedo, em formular um método, que permitisse orientar a razão de forma a atingir o conhecimento verdadeiro. Já no tempo em que estudou em La Fleche, havia criado um método, método este que fazia lembrar alguns conhecimentos utilizados pelos matemáticos. Indo contra o método usado naquele tempo nas escolas, que assentava a lógica aristotélica. Descartes procurou antes orientar-se pelo rigor que a matemática lhe fornecia.
Descartes considerava o bom senso a coisa mais bem partilhada por todos os homens, a capacidade de discernir entre o falso e o verdadeiro era igual a todos, mas conseguiam adquirir resultados diferentes segundo o método adotado. Descarte procurou estabelecer um método que poderia ser utilizado por qualquer pessoa sempre e quando estivesse disposto a fazer uso da razão e abandonar meras opiniões que não teriam fundamento sólido de sustentação. Um método que permitiria que o edifício do