A Banalidade Do Mal

3148 palavras 13 páginas
A banalidade do mal
José Aparecido
A história da natureza começa pelo bem, pois é obra de Deus; a história da liberdade começa pelo mal, pois é obra do ser humano. Kant

O mal sempre foi um problema importante para a Filosofia. Mas como entendê-lo a partir do pensamento reflexivo e crítico? Sobre essa questão, pensadores como Kant, no século
XVIII e Hannah Arendt, no século XX, se questionaram sobre formas de mal que até então não havia existido na história da humanidade, seja ele obra de instituições políticas ou mesmo do cidadão que não atenta para a dignidade de seu semelhante. Mas antes do conteúdo filosófico, vejamos alguns versos da canção Pelo Avesso, do grupo musical
Titãs com, composta por Sérgio Britto, com forte crítica à nossa aceitação passiva à violência de todos os dias.
Vamos deixar que entrem?
Que invadam o seu lar?
Pedir que quebrem
Que acabem com seu bem-estar?
Vamos pedir que quebrem
O que eu construi pra mim?
Que joguem lixo
Que destruam o meu jardim?
Eu quero o mesmo inferno
A mesma cela de prisão - a falta de futuro
Eu quero a mesma humilhação - a falta de futuro
Vamos deixar que entrem
Como uma interrogação?
Até os inocentes
Aqui já não tem perdão
Vamos pedir que quebrem?
Destruir qualquer certeza
Até o que é mesmo belo
Aqui já não tem beleza
Vamos deixar que entrem?
E fiquem com o que você tem?
Até o que é de todos
Já não é de ninguém
A doutrina do mal radical
A doutrina kantiana do mal radical apareceu, em 1793, e tornou-se um dos fundamentos da religião e da moral kantianas, moral que não encontra seu fundamento na religião, mas que, ao contrário, pode fundar e justificar uma religião. Essa doutrina apresenta, já no título, uma demanda polêmica e quer sujeitar à razão, o máximo atributo humano, todos os campos da ciência e também da fé. Foi apenas com a experiência das guerras do século XX que a teoria do mal radical deixou de escandalizar os filósofos e teólogos.
Para o reformador Martin Lutero, o ser humano é egoísta; é como um galho

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