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Texto 1
Aids e carnaval
Toda vez que lançamos uma campanha de Carnaval, somos questionados sobre os resultados desse investimento, que o Ministério da Saúde faz desde o início da epidemia no Brasil.
Os resultados não têm seu impacto imediato mensurável, como numa pesquisa de rua, mas estão aí na redução de quase 13% nas novas notificações de Aids entre 1999 e 2001 e no aumento de mais de 300% no consumo de preservativos masculinos comercializados no Brasil, que, de 93 a 2000, saltou de 70 milhões para 350 milhões de unidades por ano. Além disso, a distribuição de preservativos, por parte do Ministério da Saúde, cresceu de 18 milhões de unidades por ano, no início da década de 90, para 200 milhões em 2001. Para este ano, a previsão é distribuirmos 300 milhões de preservativos.
O Brasil é um dos poucos países do mundo que tratam da questão da Aids de forma tão clara nos veículos de comunicação. Outros países da região e muitos países desenvolvidos até hoje encontram dificuldades para veicular campanhas de massa informando sobre as formas de transmissão da doença e estimulando o uso do preservativo como meio de preveni-la.
Nossas campanhas são discutidas e elaboradas com um comitê técnico-científico que inclui representantes de organizações da sociedade civil, universidades e especialistas em prevenção às DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e à Aids. O público-alvo escolhido é aquele para o qual as transmissões ocorrem mais: no Carnaval de 2000 nossa mensagem foi dirigida às mulheres. A do ano passado foi endereçada aos homens que têm múltiplas parceiras sexuais e a deste ano aos heterossexuais jovens.
Por que essa insistência? Porque a prevalência da Aids vem caindo entre outros segmentos que no passado eram mais vulneráveis à transmissão do HIV (homossexuais e usuários de drogas) e aumentando entre os heterossexuais e as mulheres. A forma de transmissão por relações sexuais entre homens e mulheres já responde