Visão condicionada e visão operante
É possível vermos ou ouvirmos “estímulos que não estejam presentes” (por exemplo, X) nos padrões do reflexo condicionado. Para isso, é necessário que qualquer estímulo que normalmente acompanha X seja apresentado. Como exemplo, pode-se pensar na fórmula pavloviana: a sineta que a princípio nos fazia salivar, agora nos faz também ver o alimento, através de uma história de condicionamento (ambas as respostas eram feitas para o alimento e agora são feitas em resposta a sineta). Em linhas gerais, podemos dizer que um estímulo diferente, ao exercer a função estimuladora, pode controlar o ver a comida, da mesma forma que o salivar.
O efeito de um estímulo condicionado na evocação da resposta de ver alguma coisa colabora na explicação do caráter das respostas a estímulos que estão presentes, mas que são contrários a “o que é visto”. A visão condicionada pode se combinar com respostas a estímulos incondicionados, isto é, podemos ver objetos familiares mais fácil e rapidamente do que objetos estranhos; os estímulos que estão realmente presentes em uma determinada situação podem ser eficazes tanto como estímulos condicionados como incondicionados simultaneamente. Em linhas gerais, a visão condicionada explica a tendência que se tem de ver o mundo de acordo com nossa própria história prévia. Podemos tomar como exemplo uma pessoa que esteja bastante familiarizada com as cartas do baralho. A forma de copas está associada à cor vermelha, então durante um jogo, é mais provável que a pessoa veja uma carta de copas ou de ouro se vislumbrar algo vermelho do que uma carta de paus ou espada. O estímulo verbal “copas” tem tanta probabilidade de evocar a visão do vermelho quanto ver copas.
As circunstâncias sob as quais um indivíduo maduro exibirá a resposta de ver alguma coisa podem ser dispostas num contínuo: em um dos extremos a estimulação momentânea é ótima (por exemplo, “ouvir o mar” quando se está perto dele, apesar de não ser esta uma resposta inteiramente