Vigilância Laboratorial da Esporotricose na Grande São Paulo

2344 palavras 10 páginas
VIGILÂNCIA LABORATORIAL DA ESPOROTRICOSE ANIMAL
NA GRANDE SÃO PAULO

Hildebrando Montenegro1
Maria Adelaide Galvão Dias1
Elisabete Aparecida da Silva2
Fernanda Bernardi2

1 Laboratório de Zoonoses e Doenças Transmitidas por Vetores - Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo
2 Núcleo de Vigilância Epidemiológica – Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo

A esporotricose é uma doença infecciosa que tem sido tradicionalmente atribuída ao fungo dimórfico Sporothrix schenkii. Tem ocorrência mundial, mas uma prevalência maior em climas tropicais e subtropicais. A esporotricose é a micose subcutânea de maior incidência na América Latina (1). Já foi descrita no homem e animais domésticos como cães, gatos, bovinos, porcos, camelo e aves, além de ratos e animais silvestres (2).

A infecção é adquirida por inoculação traumática de materiais colonizados ou, raramente, inalação de conídios. No local de inoculação do fungo surge a lesão primária, que pode ficar restrita ou apresentar linfangite nodular, ou ainda se disseminar pelo sistema linfático para outros locais do tecido cutâneo e mucosas (oral e nasal), além de outros orgãos. A evolução é sub-aguda ou crônica na maior parte dos casos humanos. (3).

As formas de inoculação descritas são o manejo de matéria vegetal e inoculação por farpas de madeira, espinhos, arranhaduras ou mordeduras por animais. Pode ser considerada uma dermatose profissional, com casos descritos em agricultores, jardineiros, mineiros, veterinários e caçadores de tatu (2).

TAXONOMIA – BREVE HISTÓRICO

O primeiro relato de caso foi feito por Benjamin R. Schenck no E.U.A. em 1898, relatando um ferimento no dedo da mão com abcesso drenando secreção sero-purulenta. O fungo causador foi classificado por E. F. Smith, micologista do Departamento de Agricultura dos E.U.A. como Sporotrichum sp. (4). Em 1900, Hektoen e Perkins classificam o fungo causador como Sporothrix schenckii (5). Em 1907, Lutz e Splendore relatam o

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