Vida política no Brasil entre 1808 e 1822.

Mesmo com a chegada da corte portuguesa em 1808, o Brasil até 1815 era considerado tão-somente uma colônia de Portugal. A partir de 16 de dezembro de 1815 passamos a carregar o título de Reino Unido a Portugal e Algarves. Essa mudança de status esteve intimamente relacionada à mudança da Corte lusitana para o Brasil e ao Congresso de Viena. Com a chegada da família real no Brasil criara-se uma situação invertida: o príncipe regente de Portugal, d. João, reinava sobre os domínios lusitanos não a partir da metrópole, mas, sim, da colônia. Mas com a elevação do Brasil à condição de reino unido, d. João passou a atender pelo título de "Príncipe Regente de Portugal, Brasil e Algarves”. E o Brasil era somente uma colônia, não tendo o mesmo status político que o reino. A saída encontrada para resolver a controvérsia foi elevar o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, seguindo, por exemplo, o modelo inglês do Reino Unido da Grã-Bretanha. A grande contradição, entretanto, era que o novo reino tinha dois centros políticos: Lisboa, capital de Portugal, e Rio de Janeiro, capital do Brasil, onde estava o príncipe regente. Contudo o Brasil ainda estava para os portugueses europeus em uma categoria muito inferior a da antiga metrópole, sem condições de infraestrutura para sediar a monarquia. O que se fez necessárias mudanças e reformas a partir de 1815 para que a corte pudesse ter uma base, e com isso justificar a recusa de d. João retornar a Portugal. Todavia a insatisfação das capitanias (antigas províncias),passado o anos iniciais da administração joanina, e com a centralização do governo no Rio de Janeiro deixava em desvantagem as outras capitanias, que passaram a ser lembradas somente na ocasião de criação de impostos, o descontentamento era grande e resultou numa série de conflitos que se alastrou por todo o reino do Brasil, como a Revolta de Pernambuco 1817 e também a união das províncias do nordeste, Alagoas, Grão-Pára. O descontentamento com as medidas