Val de Grace

Val de Grace
A Construção iniciada em 1621, ordenada pela então rainha da França, Ana da Áustria, esposa de Luiz XIII, logo após uma visita a um convento nos arredores de Paris, foi um presente de agradecimento da rainha por sua gravidez repentina depois de tantos anos falhos. A rainha que se torna amiga da prioresa, decide construir uma nova abadia em Paris. A obra é iniciada definitivamente em 1645, quando é lançada a pedra fundamental, em terras doadas pela coroa, no antigo endereço Hôtel du Petit- Bourbon. O arquiteto incumbido da obra inicialmente foi Françoise Mansart, de quem provem o projeto, entretanto foi dispensando com apenas um ano de obra, após varias discussões coma rainha sobre a obra, seus prazos e custos.
A construção em cruz latina, e coroada por uma cúpula, relembra as igrejas do início do século XVII, e trás uma estética mais clara e sóbria, já que Mansart difere um pouco dos outros artistas maneiristas. A fachada de dois andares com colunas duplas gêmeas de ordem coríntia sustentam os frontões, volutas podem ser vistas na fachada dando um ar barroco a construção. A cúpula, executada por Jacques Lamercier, acompanhada das duas torres laterais, já previstas no projeto de Mansart, dão a impressão de um castelo, intensão do artista. Em seu interior destaca-se a pintura da cúpula, de ares barroco, efetuada por Pierre Mignard, o órgão da igreja, e o baldaquino inspirado na Basílica de São Pedro em Roma.
Durante a revolução francesa, dada a carga simbólica absolutista, a igreja foi invadida e todos os símbolos da monarquia retirados. O complexo do convento foi retirado dos beneditinos, e transformado em um hospital militar para os feridos da guerra, dada a grandiosidade de complexo, e também devido a calma que inspira nas pessoas e poderia ser benéfico aos pacientes. Foi também nesse período que o órgão original foi desmontado e dispersado pela cidade, o órgão atual foi instalado em 1891, datado de 1853, e transferido posteriormente para a