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ESPAÇO ABERTO PARA DIVERSIDADE E INCLUSÃO: QUE TAL UM DEBATE SOBRE SOCIEDADE INCLUSIVA?
PROJETO ESCOLAR DESENVOLVE A LINGUAGEM DE SINAIS ENTRE OS ESTUDANTES

11/12/2012 por Sônia Caldas Pessoa
A inquietude das estudantes Ana Karolina Sedassari e Camilla Ribeiro Pains transformou a Escola Estadual 7 de Setembro, de Juína (700 km de Cuiabá). Surdas, as meninas sempre buscaram interagir e vivenciar as experiências corriqueiras de qualquer criança, mas na prática enfrentavam o preconceito e o bulling dos colegas. O cenário só passou a mudar depois que o projeto ‘Mãos que Falam’ foi implantado na unidade escolar.

Ao longo de dois anos de intervenção pedagógica, dos 690 estudantes matriculados – 300 do Ensino Fundamental – já aprenderam voluntariamente a Língua Brasileira de Sinais (Libras), tornando o espaço bilíngue. Para os alunos ouvintes, o projeto possibilita mais do que a simples comunicação, mas dá significado a inclusão social.

O projeto Mãos que Falam possibilitou que por 30 minutos diários os estudantes participassem de aulas sobre Libras, ministradas pela professora da Sala de Recursos Multifuncionais e idealizadora da prática, Flávia Heloísa Nogueira. Em 2012 a ideia cresceu e se estendeu a Sala do Educador. Atualmente os 54 servidores da unidade já aprenderam, pelo menos, o básico da Libras.

“Posso afirmar que o projeto mudou a vida da Ana Karolina. O projeto contribuiu muito para que ela se tornasse uma criança mais feliz”. A fala é da mãe da estudante, Leidi Ana Sedassari. Ela avalia que a atividade possibilitou que o preconceito fosse minimizado. “O novo, o diferente, sempre causa impacto, normalmente causa temor. Sei que o bulling vai continuar a existir. Ele está em toda a parte, mas o progresso na vida da Ana, de outros estudantes é muito grande. Recebemos duas bolsas de estudos para escolas particulares, mas não vejo motivo em transferi-la de um espaço repleto de significados como a Escola 7 de Setembro”.

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