Usinagem Eletroquimica

Introdução

A usinagem eletroquímica, Electro Chemical Machining (ECM), é um processo não tradicional de usinagem muito utilizado na remoção de materiais de altíssima dureza, onde a aplicação dos processos tradicionais não é adequada para usinar tais materiais porque necessitam de grandes taxas de energia para remover o material, que podem causar danos térmicos à peça devido às altas temperaturas geradas na interface peça-ferramenta.
Ao contrário dos processos tradicionais, na usinagem eletroquímica não existe contato físico entre a peça e a ferramenta, porque a remoção do material ocorre por eletrólise. Por isso, a usinagem eletroquímica é considerada como um processo de usinagem a frio e muito utilizado em substituição aos processos tradicionais de usinagem quando se trata de usinar materiais muito duros e resistentes.
Para o funcionamento do processo, além da peça e ferramenta, são necessários: uma fonte de potência de baixa tensão e alta corrente elétrica, um eletrólito, que geralmente são o cloreto de sódio (NaCl) e o nitrato de sódio (NaNO3) e um circuito eletrolítico composto de tubulações, bombas, filtros e sistema de armazenamento, além de uma cuba eletrolítica, que é o local onde ocorre a usinagem. O aço rápido ABNT M2, dimensões: (9,54x9,54x127,00mm), foi escolhido por ser um material de difícil usinagem pelos processos tradicionais e por apresentar diversos elementos de liga como: C=0,85%; Cr=4%; V=2%; W=6% e Mo=5%, o que se apresenta como um desafio para a usinagem eletroquímica devido à tendência de apresentar corrosão seletiva durante a remoção do material.
Importância do eletrólito O papel fundamental do eletrólito é permitir a passagem da corrente elétrica, para tornar possível a dissolução anódica durante toda a usinagem. A natureza do eletrólito deve ser tal que não permita a formação de produtos insolúveis, que poderiam neutralizar o ânodo. As reações que ocorrem no cátodo também não podem ser menospreza- das: é necessário evitar qualquer