Urbanismo

Para falar de Urbanismo e Modernização é necessário compreender o espaço onde se desenrola esse processo, esse estado, a cidade. De acordo com François Ascher, “cidades são agrupamentos de populações que não produzam elas próprias os seus meios de subsistência alimentar”. Assim, a cidade caracteriza-se por uma divisão técnica, social e espacial do espaço habitado entre os que produzem os bens de subsistência e os que produzem os bens manufaturados, os simbólicos, o poder e a proteção.
O desenvolvimento dos meios de transporte e de armazenamento dos bens necessários para cada vez mais guarnecer maior quantidade populacional. A divisão do trabalho e necessidade de trocas influenciou no progresso da escrita e da contabilidade. Com alto número de pessoas na cidade em função do trabalho e com o trânsito estabelecendo-se, houve a necessidade de armazenamento das pessoas, ou seja, a moradia, que se dá com bases em técnicas de construção vertical e horizontal juntamente com a gestão urbana dos fluxos e dos serviços.
As técnicas de transporte e armazenamento de bens (b), de informações (i) e de pessoas (p) deu origem a um sistema de mobilidade que Ascher denomina “sistema bip”.
As cidades antigas expressavam os preceitos religiosos e militares no lugar de serem o espaço, ao qual foi intencionado, em prol da sociedade que a habitava. Sua estrutura física contava com muralhas ao redor, uma praça central (onde se encontravam as relações) e eram palco das sociedades feudais.
O desenvolvimento das sociedades modernas foi progressivamente dando lugar a novas lógicas ao conceito e funcionalidade das cidades. Algumas sociedades ocidentais ainda são consideradas modernas por estarem atingindo tal estado em tempos distintos. E em outras sociedades (espaços), esse tempo bem marcante quanto em outras.
Ascher aborda sobre as terminologias “modernidade” e “modernização”, como processo de transformação e estado (mais aplicável ao caso), respectivamente. Mas vale salientar que