Urbanismo na Revolução Industrial

A Revolução Industrial aconteceu no século XVIII e marcou a transição do trabalho artesanal, manufaturado para o industrial, mecanizado e assalariado. Antes a população trabalhava no campo para garantir sua subsistência, e a maioria das pessoas viviam em áreas rurais, mas com os avanços da tecnologia e os altos investimentos da burguesia as máquinas foram fazendo trabalhos que antes demandavam bastante tempo e dinheiro. Isso fez com que os camponeses começassem a migrar para a cidade, devido a oferta de serviços que essas indústrias demandavam e por causa da privatização de suas terras.
Sem estruturas para receber todo esse contingente a cidade se tornou um caos.
A cidade de estilo medieval possuía ruas estreitas e tortuosas, que foram sendo habitadas sem planejamento e organização para receber a grande a quantidade de pessoas que migram para lá, e não conseguiu atender as necessidades básicas da população. A burguesia, no entanto, partiu para novos bairros, mais isolados com pequenos jardins, ou para o subúrbio, a fim de ficar longe da cidade sem infra­estruturara e saneamento básico. Os mais pobres, operários, viviam em aglomerados com pouca ventilação, em casas feitas com materiais de baixa qualidade, mas que seria muito rentáveis ao proprietário. Boa parte dos salários se destinavam a pagar alugueis absurdos em residências que nada tinham a oferecer, se não uma cama para descansar ao final da longa jornada de trabalho.
Todos os locais eram aproveitados para novas construções, construia­se entre os espaços das edificações já existentes, as áreas livres da cidade foram sendo ocupadas desordenadamente e as condições de vida ficaram precárias. Os esgotos eram a céu aberto, não possuíam sistema de tratamento de água e o lixo