um amor chamado rute

para a Rute

UM AMOR CHAMADO RUTE

Miguel K acordou. Eram cinco horas e trinta minutos da manhã. O seu sonho continuava a desenrolar-se, como se estivesse no cinema e o ecrã á sua frente projectasse imagens daquilo que ele realmente não via , falando em termos puramente físicos.
Sentou-se na cama deslumbrado e tentou desanuviar o ambiente, o que de facto não conseguia. Sacudiu e abanou a cabeça. O corpo pesava-lhe toneladas. Tentou fazer a recapitulação daquilo com que sonhara, mas obviamente não era uma tarefa fácil.
O seu sonho tinha-o levado de volta ao velho liceu onde tinha concluído o 10ºano.
Começava no balneário do liceu aquando da realização dos torneios da escola por alturas do fim do período escolar. A sua turma composta unicamente por rapazes lá jogar basquetebol…era o final do primeiro período e aproximava-se o Natal.
Havia um ambiente de euforia por ser final de período e o Natal se aproximar. Era habitual na escola os alunos baldarem-se mais facilmente ás aulas e dedicarem mais tempo a outras actividades, porventura mais ou menos lúcidas. Os professores condescendentes quando se aproximava uma época em que já não havia grande coisa a fazer no que se referia a notas, a não ser rezar e acender umas velhinhas a Nossa Senhora do Sameiro ou outra Santa para que as notas fossem de facto boas. O que estava feito, feito estava e portanto…
Miguel K sentiu um plano americano inclinar-se para desenrolar o seu sonho ou mais propriamente o filme do seu sonho. Ele e os seus colegas trocavam de roupa nesse momento, vestindo ele os calções, camisola e meias, depois os ténis. Como habitualmente foi o primeiro a despachar-se. Já tinha reunido a sua trouxa quando apareceram os restantes elementos : o Wally Gator, o Rantaplan, o Speedy Gonzalez e o chocolate mouse (este último chamado assim devido não ao seu gosto por chocolates, mas por creme nívea). Enquanto estes ignóbeis e altamente sepeedamente