Técnicas em Histologia Vegetal

PLANTAS VASCULARES: CÉLULAS E TECIDOS

1 - Técnicas em anatomia vegetal
1. Introdução
Para estudos anatômicos, normalmente, utiliza-se material vegetal coletado à fresco, entretanto, material seco proveniente de herbário também pode ser utilizado, desde que se proceda a reversão do processo de herborização. Para preservar o material vegetal por um tempo maior é realizado a sua fixação logo após a coleta, pois as características estruturais e a composição química das células se alteram rapidamente em resposta às modificações do meio.

2. Fixadores
São reagentes químicos que bloqueiam instantaneamente o metabolismo das células, de modo a conservá-las, o mais próximo possível, do seu estado “in vivo”.
Numa preparação histológica, a fixação é a etapa inicial e dela dependem todas as etapas posteriores. Lâminas de boa qualidade só podem ser obtidas à partir de amostras bem fixadas, sendo que na escolha do fixador deve-se considerar as características do material (dureza, resistência, delicadeza, entre outras), bem como os objetivos do estudo e o tipo de análise a ser empregada posteriormente. O período de fixação é variável, dependendo do tipo do fixador e do material vegetal estudado. A aplicação de vácuo moderado durante a fixação do material, contribui para uma maior eficiência do processo, principalmente em tecidos vegetais contendo muito ar.
Exemplos de fixadores utilizados em estudos morfoanatômicos:
2.1 FAA (Johansen, 1940)
Composição:
Formaldeído PA (37%)
Etanol 50 ou 70%
Ácido acético glacial
2.2 GLUTARALDEÍDO (Karnovsky, 1965)
Composição:
Glutaraldeído
Tampão fosfato ou cacodilato

2.3 MISTURA DE KARNOVSKY (Karnovsky, 1965)
Composição:
Paraformaldeído
Glutaraldeído
Tampão fosfato ou cacodilato
Água destilada
2.4 CRAF (Berlyn & Miksche, 1976)
Composição:
Ácido crômico
Ácido acético glacial
Formaldeído PA (37%)
Água destilada

3. Preparo do material botânico
Para observar uma amostra vegetal em