Tutu

Pontifica Universidade Católica de Goiás
Disciplina: História contemporânea I
Aluno: Elias Luiz Valentim
Professor: Maria Cristina Nunes Ferreira Neto

Passagem para a Índia é um filme sobre preconceito e choque cultural. A narrativa é sobre a viagem de duas inglesas que chegam à Índia a fim de fazer turismo e se espantam com o preconceito racial que existe no país ( Lembremos de que a Índia é um país de colonização inglesa).

A ação começa com a senhorita Adela Quarted comprando as passagens de navio para sua viagem à Índia, em companhia da Sra. Moore, mãe de seu noivo. Na sequência, vemos as personagens já embarcadas em um trem e é ali que surgem as pistas sobre o enredo do filme. Os personagens travam um diálogo sobre a cultura indiana, durante o qual a Sra. Moore diz a outros ingleses que gostaria de conhecer pessoas do local:

- Uma vez instaladas, gostaríamos de conhecer os indianos com quem convivem socialmente.
- São certamente cheios de virtude, mas não convivemos com eles.
- O Oriente é o Oriente , Senhora Moore, é uma questão cultural.

Chama-me também atenção a sequência em uma festa para “integrar Oriente e Ocidente” é promovida no Clube Inglês. O diretor David Lean foi imensamente sábio ao retratar simbolicamente o preconceito entre aquelas duas culturas: indianos de um lado e ingleses de outro separados por um muro de jardim. O conflito entre as duas culturas mostra-se mais acirrado quando a Sra. Moore e sua jovem nora saem para um passeio com o indiano Dr. Aziz às cavernas de Marabar. A Sra. Moore já está cansada e deixa que a jovem suba às grutas com o médico; algum tempo depois, Adela desce as ladeiras correndo enlouquecida, com a roupa rasgada e feridas pelo corpo como se tivesse sido atacada. A noticia de que uma inglesa havia sido atacada por um indiano