Trovadorimo

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Trovadorismo
Os primeiros registros escritos da literatura portuguesa datam do século XII, momento que coincide com a expulsão dos árabes da península ibérica e com a formação do Estado português.
Esses textos foram escritos em galego-português, em virtude da integração cultural e linguística que na época existia entre Portugal e Galícia, região que hoje pertence à Espanha. Esses primeiros escritos constituem a produção da primeira época medieval, também conhecido como Trovadorismo.
Embora Portugal tivesse conhecido, na primeira época medieval, manifestações literárias na prosa e no teatro, foi a poesia que alcançou grande popularidade, tanto entre os nobres das cortes quanto entre as pessoas comuns do povo.
Uma das razões dessa predominância foi o fato de a escrita ser escrita pouco difundia na época, o que favorecia a difusão da poesia, que era memorizada e transmitida oralmente. Os poemas eram sempre cantados e acompanhados de instrumentos musicais e de dança e, por esse motivo, foram denominadas cantigas. Os autores dessas cantigas eram trovadores (pessoas que faziam trovas, rimas), originando o nome Trovadorismo. Esses poetas geralmente pertenciam à nobreza ao clero e, além da letra, criavam também a musica das composições que executavam para o seleto público das cortes. Entre as camadas populares, quem cantava e executava as canções as canções, mas não as criava, eram os jograis.
As cantigas chegaram até nós por meio dos cancioneiros, coletâneas (reuniões) de poemas de vários tipos, produzidos por muitos autores. Os cancioneiros mais importantes são o Cancioneiro da Ajuda, compilado provavelmente no século XIII; o Cancioneiro da Vaticana, provavelmente compilado no século XV; e o Cancioneiro da Biblioteca Nacional ou Cancioneiro Colocci- Brancutti, compilado no século XIV.
Tradicionalmente se tem apontado a Cantiga da Ribeirinha ou Cantiga da Guarvaia, de Paio Soares de Taveirós, de 1189 ou 1198, como a cantiga mais antiga de que se tem registro.
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