TRANSUMANISMO VERSUS BIOCONSERVAÇÃO: UM FALSO DILEMA?

TRANSUMANISMO VERSUS BIOCONSERVAÇÃO: UM FALSO DILEMA?1
Ricardo Antonio Rodrigues2; Luiz Ferreira de Almeida Neto3
RESUMO

Esta produção tem como objetivo realizar um estudo acerca da origem do conceito de pessoa e dignidade no período medieval e sua influência na tecnocultura e biodiersidade tendo como base as obras de São Boaventura e Boécio.
Desenvolvendo um estudo cronológico da dignidade e de pessoa busca-se, neste lavor observar a presença de tais termos e sua aplicabilidade na área da metaética voltada no estudo das tecnoculturas e bioéticos. Assim, fica em questão até que ponto a humanidade humana irá transformar-se ou se devemos apenas refletir acerca de nossa bioconservação. Destarte, as definições de dignidade contidas nos textos de São Boaventura e Boécio estão presentes em muitos teorias de bioéticistas da atualidade, abrindo discussões acerca de fundamentar direitos humanos com base na dignidade e valores da pessoa.
Palavras-chave: Dignidade humana.; Filosofia.; Política.; Tecnoculturas.

1. INTRODUÇÃO
Diante da definição de pessoa sugerida por Boécio 4, onde metafisicamente se concebe a pessoa humana aos moldes da realidade divina, e que já é recebida e criticada por São Boaventura no século XIII, e muito mais criticada ainda em nosso tempo. Enquanto a definição metafísica de Boécio apresentava o ser humano aos moldes da Trindade divina, Boaventura refere-se à pessoa como realidade aberta e infinita possibilidade.
Se aceitarmos a definição de Boécio integralmente teríamos que supor uma dignidade humana está para além de qualquer discussão, isso elevaria o humano a uma condição de supercoisa. Ao aceitarmos a definição integral quer de
Boécio, quer de São Boaventura, teríamos mesmo assim um embate conceitual
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Trabalho de Pesquisa desenvolvido pelo projeto A dignidade humana e os Direitos Humanos na era da Tecnocultura” – UNIFRA.
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Orientador. Professor e pesquisado do Curso de Filosofia Licenciatura Plena; Desenvolve a