Transtorno de Especto Autista - O Processo de Inclusão escolar

A inclusão de crianças com TEA (Transtorno de Espectro Autista) no Ensino Fundamental e a afetividade em sala de aula

O trabalho com a inclusão é algo relativamente novo no Brasil. Muitas instituições passam por essa experiência apenas quando é procurada por famílias que buscam inserir seus filhos neste grupo social. A escolha é realizada por diversos motivos que condizem com cada estrutura familiar. Somente a partir desta iniciativa, em alguns locais, passa-se a ter a preocupação com os procedimentos, condutas e formas de trabalho para o atendimento e recepção destes alunos especiais. Segundo Cancino1, este processo está relacionado inicialmente com a aceitação, para depois passarmos pelo processo de compreensão. Só conseguimos compreender o diferente quando lidamos com a experiência diretamente. A partir daí, damos o início ao processo de relacionamento entre a escola e o indivíduo com dificuldades de aprendizagem. Para Baptista2, “... é necessário o reconhecimento da semelhança que muitas vezes a diferença oculta. Cremos que a semelhança encontra-se justamente na condição humana que nos constitui e que o trabalho educativo deve ser capaz de operar essa identificação”. Lidar com o diferente não é algo tão simples quanto aparenta. As expectativas que a escola direciona não é, necessariamente, o desenvolvimento que pode ser atingido dentro do mesmo tempo por todos os indivíduos que se encontram no mesmo espaço. Os alunos são diferentes não apenas quanto suas características físicas e sim em comportamentos aprendidos, em habilidades e competências e, segundo Cunha3, o “...respeito a essas diferenças é que formará a sua autonomia e o resgate da sua segurança para ser o que deve vir a ser”. Para o mesmo autor, “...crianças com dificuldades de aprendizagem, autismo, síndrome de Down e outros distúrbios apresentam prodigiosas habilidades, destacando o caráter pluralista da inteligência.” (CUNHA4, 2008) Uma criança com Transtorno de Espectro Autista