Transportes Maritimos no Brasil
1. INTRODUÇÃO
Muito antes da existência do ser humano, já existiam as vias navegáveis e, os rudimentos dos meios de transportes aquaviários, mesmo que aleatórios, já faziam parte da consciência universal. Eram folhas soltas ou galhos que se desprendiam nas margens dos lagos, rios e mares, levando sobre si objetos ou sementes e pequenos animais que muitas vezes iam vivificar terras muito distantes de sua origem.
Quando o homem começou a concatenar as suas ideias, com o poder da observação, intuiu que assim como um objeto ou outro animal podia se deslocar de um local a outro sobre um flutuante qualquer, ele também poderia fazer o mesmo.
No início, foi devido a uma intempérie ou fuga desesperada de um inimigo que forçou o homem a buscar esse meio de transporte para a sua sobrevivência. Daí por diante, para o bem-estar da espécie humana, foram surgindo as invenções e inovações, até o panorama em que hoje se encontra
A palavra navio, no sentido como é conhecida hoje, iniciou sua evolução no séc. XV, a partir de duas palavras latinas. A primeira palavra latina, “navis”, deu origem ao termo francês “nef” e ao italiano, espanhol e português “nave”. Na mesma época, por empréstimo do termo catalão “nau”, também se passou a usar “nao” em espanhol e “nau” em português (todas em desuso).
Da mesma forma, com o mesmo sentido, a segunda palavra latina, “navigium”, é a fonte do termo italiano “naviglio”, do francês “navire”, do espanhol “navío” e do português “navio” (este último, assimilado pelo Brasil).
A Própria história da economia mundial se confunde com a história do desenvolvimento do transporte, sobretudo o aquaviário. O principal fato histórico que realmente deu início ao transporte aquaviário no Brasil, foi sem dúvida a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em 1500 ao nordeste brasileiro. Daquela época até os dias atuais, várias foram as transformações ocorridas neste setor.
Partindo de um conjunto de pequenos atracadores isolados na