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No cotidiano do ambiente escolar, pequenos conflitos interpessoais apontam a importância e a necessidade da existência de regras que visem à garantia do convívio social. Nessas ocorrências cotidianas, dependendo da forma como o professor lida com a situação e de sua concepção de disciplina e educação, os conflitos, naturais em qualquer relação, são vistos como uma oportunidade para trabalhar valores e regras.
Os cursos de formação de profissionais de Educação não preparam o futuro profissional para lidar com os conflitos que ocorrem nas instituições educacionais. Afastando situações atípicas, os conflitos mais comuns no ambiente escolar são agressão física entre os alunos, rejeição por parte dos colegas ou dos professores (proibição de participação), conflitos verbais (ofensas, provocações). Piaget concebe os conflitos interpessoais e intrapessoais como necessários ao desenvolvimento, porque através do processo de desequilibração o sujeito é motivado a buscar uma nova ordem interna.
Na escola tradicional, as desavenças e os atritos entre as crianças são tratados como problemas a serem extintos a qualquer custo. Vale ressaltar que, na maioria das vezes, os conflitos são vistos como nocivos e negativos. Para que o comportamento se enquadre no modelo que prioriza a obediência, as punições e recompensas são as práticas adotadas: proibir uma atividade que dá prazer ao aluno, tirar ponto, suspender, fazer sermão, ameaçar etc. Nesse ambiente, as relações coercitivas se expressam através da valorização do poder hierarquizado, o que pressupõe