trabalho
Trabalhadores jovens - de 15 a 24 anos de idade - foram incluídos no mercado formal (com carteira de trabalho assinada) com mais intensidade nos últimos anos e contribuíram para a formação de um recente grupo de consumidores, popularmente batizado de nova classe média. As vagas criadas para essa massa de profissionais, sobretudo nos setores de serviços e comércio, no entanto, são de alta rotatividade em função da imposição do mercado. A consequência, segundo o Ipea, é o prejuízo da produtividade do trabalho no Brasil e da competitividade da economia.
Provavelmente por não estar sendo difícil para o jovem obter emprego formal, ele tem se desligando das empresas muito rapidamente. Se não se fixa, não acumula capital humano, experiência, não galga melhores salários e não se torna mais produtivo.
A rotatividade é uma característica do mercado de trabalho na média dos países desde a década de 80, afirma Carlos Fialho, sociólogo da Universidade Federal Fluminense (UFF), pesquisador de cultura contemporânea. Mas, no Brasil, nos últimos anos, as relações de trabalho se tornaram ainda mais fluidas, por causa do avanço da abertura de postos de trabalho nos setores de serviços e comércio, que exigem menos qualificação dos contratados do que a indústria, por exemplo, e, por isso mesmo, substituem suas equipes com mais facilidade, para reduzir custos trabalhistas.
O tempo de permanência na empresa acompanha o período de desenvolvimento dos