trabalho
Pesquisa > Tecnologia
O momento da automação agropecuária
Por Ladislau Martin Neto
O impacto dos avanços científicos e tecnológicos nos diferentes setores da economia mundial é cada vez maior. No Brasil não é diferente e uma área particularmente importante vai oferecer novas oportunidades para o País: a automação na agropecuária. Esse tipo de sistema possui enorme potencial de ampliar a produtividade e a produção de um setor hoje responsável por 25% do PIB e 40% dos empregos e exportações e que continua mantendo superávit e a balança comercial positiva. Neste ano, e apenas até setembro, o avanço do PIB agrícola foi de 8,1%.
Processos de plantio, manejo de ervas daninhas, fertilização, irrigação, colheita há muito utilizam e continuam demandando desenvolvimento e adaptação de máquinas, equipamentos e automação. Ocorre que cada vez se torna mais premente viabilizar a automação em maior escala em função da contínua redução de mão de obra para atuar em diferentes atividades no campo, um cenário comum nos países desenvolvidos e que avança rapidamente no Brasil. Essa agenda pode também ser convenientemente conciliada com práticas modernas de uso mais eficiente de insumos e recursos naturais (água e solo) de imensa relevância para manter a competitividade e sustentabilidade do setor.
A empresa Enalta, de São Carlos, usando tecnologias, sensores, GPS e comando de voz para etapas de plantio e irrigação em cana-de-açúcar, contando com o apoio da Embrapa, ganhou destaque mundial ao ser apontada, em 2013, como uma das 50 empresas mais inovadoras, e a única da América do Sul, numa relação em que constam gigantes como Apple e Microsoft.
Outros exemplos, em fase de adoção crescente, vêm da cadeia animal, como o recente desenvolvimento de um robô tratador de suínos, da empresa Rupado, do Paraná, que é capaz de dosar a quantidade de ração ideal para cada baia individual, registra a temperatura do ambiente,