trabalho
(texto azul = dito e visto; texto vermelho = a confirmar; texto sublinhado a azul = não é dito mas é visto; Texto verde = informação a tirar)
(Imagem de formigas na sua faina...)
A fórmula mais repetida em todos os tempos, em todos os lugares e civilizações, foi colocar uma pessoa, ou grupo, num lugar de comando, com a capacidade de agregar todos os subordinados numa ordem, bem como decidir os seus destinos sociais e económicos.
Se o meio social for muito reduzido, é remotamente possível que funcione, no entanto, nas grandes sociedades humanas a história revela-nos que não houve um único caso de sucesso. No entanto, observa-se na Natureza um modelo governado por omnipresentes leis físicas, que ao longo de milhões de anos tem mostrado particular eficácia: não inventa informação supérflua nem ideologias ou preconceitos; funciona exclusivamente a partir das condições ambientais concretas e, em constante evolução, realiza aquilo que parece ser uma administração objetiva para manter todo o corpo social virtuoso. Apesar deste modelo ter sido fonte de inspiração na estruturação das nossas sociedades, a verdade é que o ser humano contém uma característica única que inviabiliza o êxito, pois cada um pergunta-se a si mesmo, “Porque é que estou a fazer isto?”, ou é capaz de afirmar “Este trabalho entristece-me, preferia estar a fazer outra coisa”, ou até “Isto poderia ser feito de outra forma”. Dado que cada elemento social tem consciência de quem é, e do que está a fazer, uma sociedade humana nunca se conserva por muito tempo com esta estrutura, pois haverá sempre alguém inspirado na sua singularidade, que não admite tal imposição normativa e luta por outra forma de estar.
A invenção da democracia tem, na sua génese, a pretensão de instalar um formato adaptado à liberdade e consciência do indivíduo. Tem a pretensão de entregar a cada um a relatividade de participar nas decisões e concretizações sociais, combinando as semelhanças e as diferenças