Trabalho Topografia
Período ótico-mecânico .
A modernização dos instrumentos topográficos deve-se, fundamentalmente, ao surgimento e evolução da microeletrônica e da informática. O eletrônico substituiu o mecânico. O instrumental ótico-mecânico – teodolitos, níveis, taqueômetros, etc. – reinou durante cerca de 450 anos. Durante esse período, os levantamentos topográficos tiveram por base a utilização de um goniômetro e de um diastímetro para a caracterização de pontos topográficos da superfície terrestre. As inovações que surgiram neste período, que resultaram em melhoria dos aspectos de confiabilidade, sensibilidade e precisão, decorreram em relação ao enfoque mecânico do instrumental.
MEDIDORES ELETRÔNICOS DE DISTÂNCIAS – MED
A primeira grande inovação ocorreu em 1943, com o surgimento do primeiro medidor eletrônico de distância (MED) ou, simplesmente, denominado de distanciômetro eletrônico. O desenvolvimento desse instrumental deve-se ao cientista sueco E. Bergstrand, que projetou o primeiro MED, o qual ficou conhecido pela marca comercial de Geodimeter
NASM-2, disponibilizado no mercado em 1950.
Com a chegada ao mercado dos MED’s, não havia mais a necessidade absoluta de medir diretamente as distâncias entre pontos topográficos, utilizando as trenas, nem a medida indireta das distâncias por taqueometria nos levantamentos topográficos. O novo processo era simples e com precisão sub-milimétrica.
Um MED, inicialmente, devido às suas dimensões e peso, foi utilizado isoladamente. Porém, com o avanço da tecnologia, o MED passou a ser montado sobre um teodolito ótico-mecânico. Assim, o novo equipamento constituía-se de um instrumento eletrônico acoplado ao teodolito e alimentado por uma bateria. O operador mirava um prisma refratário no ponto topográfico onde este foi posicionado e disparava o raio laser infravermelho do MED, localizado em um ponto topograficamente conhecido. O raio emitido retornava ao seu ponto de partida, com a velocidade da luz