Trabalho IHC
Os termos usabilidade e user experience(UX) costumam gerar dificuldade de diferenciação pelo público não especialista. Predominam, freqüentemente, as idéias deque a usabilidade estaria atrelada única e exclusivamente aos aspectos práticos e funcionais de uma interface, enquanto user experience(UX) abordaria apenas os aspectos estéticos e emocionais da interação. As dificuldades de conceituação e diferenciação entre os termos geram problemas conceituais, dimensionais e metodológicos não só no âmbito acadêmico, mas também na atuação profissional. Alguns projetistas, por exemplo, chegam a argumentar que seus projetos não necessitam de uma avaliação de usabilidade porque seu foco está no “design experiencial”, ou seja, o discurso não especialista chega a tratar os dois termos efetivamente como antônimos. Diante desse cenário, o presente estudo tem como objetivo distinguir usabilidade e user experience em três níveis:
conceitual (a partir de definições encontradas na literatura especializada e em normas);
dimensional (a partir das dimensões e critérios de avaliação); metodológico (a partir dos principais métodos e técnicas empregados na avaliaçãod e usabilidade e user experience).
A usabilidade
A usabilidade pode ser definida como “a capacidade de um produto ser usado por usuários específicos para atingir objetivos específicos com eficácia, eficiência e satisfação em um contexto específico de uso.” (ISO 9241-11, 1998 apud DIAS, 2003, p. 24).
Para que o conceito de usabilidade seja compreendido, é preciso elucidar os princípios que o definem. O primeiro princípio é a eficácia. Conforme Dias (2003), um sistema é eficaz quando permite que os usuários atinjam os seus objetivos. Dessa forma, a eficácia é a principal motivação pela qual um usuário utiliza um sistema e, mesmo que este ofereça outros atrativos, caso o usuário não consiga completar a sua tarefa, não quererá utilizá-lo novamente. O segundo princípio é a