Trabalho final de economia política
Tais fatores que primeiramente são apresentados apontam as contradições e ambigüidades da história brasileira que permitiram, e ainda permitem, a reprodução desse atraso que promove o conflito entre o Estado Moderno e o Estado Tradicional brasileiro. Esse conflito é o que dificulta as verdadeiras transformações e revoluções, em qualquer âmbito, da nação brasileira.
Duas das principais questões tratadas no texto são a concentração de terras e a questão agrária geral brasileira. Essa separação entre rural e urbano existente na sociedade brasileira, como fruto da falta de noção de cidadania real que existe na nação, provoca a fragmentação das lutas sociais de transformação e, ainda pior, a desvalorização da luta fundiária. Há um entendimento comum de que o “desenvolvimento e o progresso” viram da cidade.
Porém, tal fato alarmante só ocorre por uma compreensão equivocada das verdadeiras bases de sustentação dessa lógica conservadora brasileira. Os proprietários de terra, oligarquias dominantes, são essas bases. São bases sólidas e bem estruturadas que permeiam e dominam todas, ou quase todas, as redes de poder do Estado com sua lógica clientelista e corrupta de troca de favores, conselhos, créditos e débitos morais.
Entretanto, existe muita dificuldade para a população brasileira identificar e entender tais comportamentos dos políticos brasileiros como corruptos ou errados. Essa dificuldade acontece porque a lógica da troca de favores é tão engessada, estruturada e naturalizada no país que não retribuir um favor ou um “presentinho” depois de qualquer relação social estabelecida é considerado com ingratidão, abuso ou má fé. Então, os representantes políticos da nação agirem da mesma