Trabalho EPS
-Escuta aqui, ó criolo... o que foi?
-Você andou dizendo por ai que no Brasil existe racismo.
-E não existe? Isso é negrice sua. E eu que sempre te considerei um negro de alma branca... É, não adianta. Negro quando não faz na entrada... -Mas aqui existe racismo.
-Existe nada. Vocês tem toda a liberdade, tem tudo o que gostam. Tem carnaval, tem futebol, tem melancia... E emprego é o que não falta. Lá em casa, por exemplo, estão precisando de empregada. Pra ser lixeiro, pra abrir buraco, ninguém se habilita. Agora, pra uma cachacinha e um baile estão sempre prontos. Raça de safados! E ainda se queixam!
(VERISSIMO, 1975, p. 1).
A questão do racismo é muito complexa, segundo Motta (2014), é difícil mensurar o grau de sinceridade sobre o assunto, por haver um consenso entre as pessoas civilizadas de que o mesmo deve ser combatido implacavelmente.
O racismo precisa ser visto como uma forma de degeneração moral, só quem sofre com ele, sabe o quanto é destrutivo e doloroso.
É preciso que haja um componente pedagógico, ninguém nasce racista. Uma criança é influenciada pelo meio em que vive, ou seja, ela aprende vendo as atitudes dos pais, dos avós, etc. Uma mudança só se dá na educação.
Por vivermos em uma sociedade racista, ela automaticamente se desenvolve no âmbito escolar. Na tentativa de minimizar essa questão, ações sociais e a criação de leis foram efetivadas e desenvolvidas, entre as quais vale destacar a
Lei 10.639/2003, que obriga todas as escolas no ensino fundamental e médio a desenvolverem em aulas conhecimentos sobre a História da Africa e dos africanos, na perspectiva de valorizar a cultura negra em todos os seus aspectos, seja ele cultural, econômico e social.
Nehe (2014) ainda afirma que, o racismo presente no