Trabalho de conclusão de módulo em clínica psicanalítica - o caso schereber

Trabalho de conclusão de módulo – Psicopatologia Psicanalítica III
O caso Schereber
Em sua obra, Freud inicia o caso com a diferenciação entre as psiconeuroses, a paranóia demência precoce. Para explicar a Paranóia, portanto, ele apresenta o caso Schereber.
De acordo com sua história clínica, Schereber teve duas crises ‘dos nervos’. Na primeira por ocasião de sua apresentação como candidato á juiz. Sua própria hipótese a respeito desta crise era de que se encontrava num quadro de hipocondría.
A observar a linha do tempo em que se deu a segunda crise, percebe-se que em junho (3 meses antes de tomar posse do novo cargo) Schereber teve sonhos que havia tido recaída, que os distúrbios da primeira crise estavam voltando. Certa vez, ao acordar, comenta sobre o prazer que seria ‘ser mulher’.
Um mês antes da posse ele começa a apresentar insônia, sintomas hipocondríacos, delírios e pensamentos de morte. Os sintomas hipocondríacos surgiam como percepções (ilusões) sensoriais acompanhados de sensibilidade á luz e barulhos. Os delírios referiam-se aos pensamentos de morte, sentindo-se em decomposição, com peste, com um intuito sagrado.
Os pormenores de seu delírio permitiam a reconstrução de sua história, de sua personalidade.
Dois pontos principais foram considerados por Freud: sua assunção e sua transformação em mulher. O segundo teria sido o fator desencadeante, visto que sugere um desejo homossexual e o primeiro (paranóiia religiosa) teria oferecido o apoio psicotizante para esse desejo.
Num segundo tempo, Freud observa o método da loucura de Schereber, por isso se utiliza do mecanismo dos sonhos para explicar o mecanismo da paranóia. Ao observar os significados dos símbolos que apareciam nos delírios: pássaros = moças, nervos = funcionamento da alma, Deus = Nervos (ráios). Os deslocamentos: Dr Flechsig para Deus e o desejo de copulação com figura do mesmo sexo para aceitação de missão sagrada de ser abusado e ridicularizado, Freud reconhece que o objeto de